Do desaparecimento do dinheiro em espécie às transações por biometria facial, as principais tendências nos Meios de Pagamentos que estão revolucionando a forma como vamos consumir até 2030
Por: Mirian Cruz
Analista de Inbound Marketing
Escanear um QR code para fazer compras na China, aproximar o celular em um terminal de vendas nos EUA para finalizar um pagamento e usar a biometria facial para autorizar uma transação no Brasil. Essas são as novas formas de fazer pagamentos ao redor do mundo.
E o que elas têm em comum? Digitais, invisíveis e cada vez mais carregadas do incentivo de desmaterializar as carteiras. A evolução da forma como consumimos traz à tona o quão revolucionárias são as novas tecnologias nos meios de pagamento.
Jus ao movimento de desmaterializar as carteiras é que os volumes globais de pagamentos digitais deverão aumentar em mais de 80% até 2025, com as transações passando de cerca de um trilhão para quase 1,9 trilhão por ano. Até 2030, o total deve quase triplicar, de acordo com a análise da PwC e de sua consultoria estratégica, Strategy &.
Num contexto global, a região Ásia-Pacífico deve crescer mais rapidamente, com o volume de transações sem dinheiro em espécie aumentando em 109% até 2025 e, depois, em 76% até 2030. Em seguida, estão a África (com 78% e 64%, respectivamente) e a Europa (64% e 39%). A América Latina vem depois (52% e 48%), e os EUA e o Canadá terão o crescimento mais lento (43% e 35%).
Observação: os totais de transações sem dinheiro em espécie para 2025 e 2030 são projetados. Fonte: modelo global de pagamentos da PwC Strategy&, 2021
Outro estudo da Febraban em parceria com a Deloitte, “3º volume da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2022”, também mostra esta tendência do futuro dos meios de pagamento.
Na pesquisa, 7 em cada 10 operações bancárias feitas no Brasil foram realizadas pela internet e pelo celular em 2021. O Banco Central também reparou essa queda com mais de R$ 40 bilhões em espécie que deixaram de circular em 2021.
:: Você vai gostar de saber do que vem por aí::
- Pix Automático: o “Pix Automático”, vai permitir que clientes paguem despesas recorrentes sem precisar autenticar cada transação. Será uma espécie de débito automático que pode funcionar para contas de consumo.
- Pix Offline: a ideia seria permitir que os usuários fizessem login no aplicativo de banco e concedesse a autorização para realizar transações sem uso de internet, mas ainda com um sistema de segurança e um valor limite de transações.
- Pix com o rosto: Em maio deste ano, a Payface, líder latinoamericana de pagamentos por reconhecimento facial, anunciou o desenvolvimento do Pixface. A ideia é que o usuário possa autorizar transações de Pix usando apenas o rosto.
Pagamentos digitais caem no gosto
Junto do desaparecimento do dinheiro em espécie e da evolução do cartão chip and pin para os cartões contactless (sem contato), nasce a preferência, em especial dos brasileiros, por essa última forma de pagar.
Em março deste ano, a Abecs, associação que representa as empresas de meios eletrônicos de pagamento, já anunciava que os pagamentos sem contato caíram no gosto dos brasileiros.
Isso porque somente no primeiro trimestre, 44% das compras presenciais com cartão foram pagas com cartões por aproximação. No caminho da evolução também surgem os pagamentos digitais e instantâneos, como uma alternativa mais rápida e simplificada de finalizar compras.
Para se ter uma ideia, no universo de pagamentos digitais, o virtual ganha espaço entre os cartões, com crescimento de 10,8% no primeiro trimestre deste ano em comparação ao ano anterior (2022).
A preferência por pagamentos instantâneos foi abordada também em uma pesquisa realizada pela Mastercard, divulgada pelo Estadão, em que, aproximadamente 86% dos brasileiros já utilizaram pelo menos um meio de pagamento digital e pretendem continuar utilizando.
O que esperar do mercado de pagamentos
Empurrado pela digitalização da economia, o mercado dos meios de pagamentos trilha um caminho natural de desmaterialização das carteiras em que os consumidores vão procurar por uma alternativa mais conveniente, com menos fricção e que tragam maiores benefícios.
Nessa linha, os pagamentos por biometria facial despontam como a principal tendência nos próximos anos. Os dados da Juniper Research reforçam que até 2027, espera-se que o valor dos pagamentos identificados biometricamente alcance US$ 1,2 trilhão globalmente.
Outro relatório, desta vez da Mastercard, lançado em abril deste ano (2023), “O Futuro dos Pagamentos”, já alertava que o mercado global de pagamentos biométricos deve crescer 62% até 2030.
Usar apenas a biometria facial para autorizar os pagamentos é uma das principais tendências na área de pagamento sem contato, que deve movimentar US$ 9,8 trilhões no mundo até 2026.
A China já é referência nesse tipo de tecnologia, com o uso do reconhecimento facial inclusive em transportes públicos como o metrô. No entanto, o Brasil tem pivotado essa tendência desde 2021 com o surgimento da biometria facial para pagamentos nos supermercados.
Por que isso é importante?
Agora, por que você deve estar atento às tendências deste mercado? O que está em jogo em toda essa evolução do mercado é a forma como os negócios devem se relacionar com seus clientes.
Por óbvio que a conquista da confiança e da fidelização do consumidor envolve atenção às preferências de compra e uma oferta de experiência mais simplificada, prática e segura.
O que chancela essa atenção é o relatório The Future of Payment, da Mastercard, em que pontua que, “até o final da década, as empresas que conquistarem e mantiverem a confiança de clientes e reguladores terão a oportunidade de comercializar essa confiança ampliando seus modelos de negócios e se diferenciando dos concorrentes.”
Para ajudar você a compreender ainda mais sobre como a biometria facial pode melhorar a experiência do seu checkout, nós criamos um e-book prático como usar essa tendência de pagamento:
Jogo rápido
Um olhar para o futuro ainda mais robusto em pagamentos
- Buy Now, Pay Later (Compre agora e pague depois): O “crediário digital”, que permite o pagamento parcelado sem onerar o limite do cartão de crédito, muito utilizado nos Estados Unidos, tem ganhado a aceitação dos brasileiros.
- Real Digital: A moeda digital brasileira, controlada pelo Banco Central, já está em fase de testes e a perspectiva é que possa ser usada em 2024. O objetivo é que a moeda digital tenha o mesmo valor que o dinheiro físico e que não seja necessário possuir uma conta bancária para utilizá-la.
- Metaverso e pagamentos: A perspectiva do mercado de pagamento é estar no metaverso, proporcionando uma experiência virtual e imersiva aos usuários.
Conclusão:
Os pagamentos sem contato já são uma realidade no cotidiano do brasileiro e mundo afora essa tendência já se consolida como uma alternativa mais prática, simples e segura de fazer compras.
Fato deste movimento é que o mercado de reconhecimento é avaliado em US$ 3.621,4 milhões em 2020 e deve atingir US$ 11.604,5 milhões até 2027 com um CAGR de 18,1% no período de previsão.
Implementar uma tecnologia de pagamento por reconhecimento no seu negócio significa entregar mais fluidez na jornada de compra, mas, por outro lado, também aumentar recorrência, contribuir para uma experiência incrível e por consequência fidelizar mais o seu cliente.
Não aderir às inovações no mercado de pagamentos é, sem dúvida, deixar de incentivar o consumo em loja. O Pix já comprovou que o consumidor quer mais praticidade e facilidade no momento de realizar os pagamentos. Não à toa é um case global de adoção e sucesso.
Pagamentos com o rosto são, em linha reta, a tendência mais intensa para os próximos dois anos. Por trás da tecnologia: uma jornada com menos fricção, mais seguraça e por consequência a ampliação dos momentos de compra.
Que tal conhecer mais dessa tecnologia que está contribuindo para fidelizar clientes e aumentar os momentos de compra? Conheça a Payface!
A Payface é uma fintech de pagamento por reconhecimento facial fundada em 2018, em Florianópolis-SC. A empresa surgiu com o objetivo de reduzir as filas do varejo e acelerar o processo de identificação e compra, oferecendo uma solução mais rápida, customizada e segura de checkout em lojas físicas, ao permitir que os consumidores se identifiquem e paguem num único processo, integrado com programas de fidelidade e os arranjos de pagamentos dos varejistas.
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